É na Fotografia Beleza, da Rua de Santa Teresa – a partir de 1918 dirigida por Moreira de Campos e, em 1935, tendo como único proprietário António Lopes Moreira – que a burguesia do Porto se revê, possuindo o estúdio uma elegante sala de espera, onde se exibiam retratos da melhor sociedade do Norte.
De facto, a Fotografia Beleza deixou um conjunto de várias centenas de milhares documentos fotográficos – um dos maiores espólios que, até ao momento, se conhecem em Portugal, nos quais se incluem mais de 10 000 fotografias em chapas de vidro, de paisagens, nomeadamente paisagem urbana. As restantes espécies são retratos de pessoas do Norte, com relevância para o Porto e arredores.
Este espólio, provavelmente o mais importante fundo do século XX proveniente de uma casa fotográfica portuguesa, inclui ainda a documentação textual de suporte, muito particularmente, os livros de registo dos trabalhos efectuados e encomendados, em número de 375 (352 de pequeno formato, 8 de grande formato e 15 de imagens), os quais, pormenorizadamente registavam o nome e morada do cliente, número de identificação, o formato tipo e a data dos mesmos.
O Alto Douro e o Vinho do Porto, que procura ilustrar os aspectos mais importantes da região, produção vinícola, transporte, armazenamento e exportação do ciclo do Vinho do Porto.
Um retrato de Portugal no século XX, que integra, basicamente, três tipos de fotografias: de paisagem; de empresas, associações e outras instituições; e documental, de grupos ou eventos.
A representação de si: o retrato da Fotografia Beleza, que diz respeito ao retrato individual propriamente dito, a secção mais extensa, o que não é de estranhar, sabendo nós que mais de 90% das fotografias realizadas nas primeiras décadas do século XX, em Portugal, eram retratos. Aliás, no caso da Foto Beleza, o retrato, por si só, representa mais de 98% do seu espólio.